sábado, 29 de enero de 2022

2022 Xaneiro, sábado, 29 a Taberna O´Xustiño, de novo faise ao mar

O  Capitan
non é o Capitán

O Capitán
é o Mar

(Jesús Lizano)


E Tripulación terca onde a haxa
enrolados de novo
e co alma calafateada
levamos ancoras
e a onde a maruxia lévenos
sempre na boca
a rosa dos ventos.

 

lunes, 8 de noviembre de 2021

E chegou o día, e fixemosnos ao Bar

                             


"Este bar ten balances... 

  E tamén está listo                                                                      

  pra se facer á vela

.Encheron-nos o vaso

  con toda a auga d'o Mar

  pra compor un cock-tail de horizontes"

                                                                       Manuel Antonio


E chegou o día no que de novo
o Bar atracado
convoca ás tripulaciones varadas
longo tempo en terra de ninguén
onde os abraços e as botellas
anhelaban mensaxes e cancións
que ata os náufragos non esquecen
subimos a bordo
e singraduras e derrotas
encheron de cancións
a ilustrada cuberta
desta goleta xustiña e formidábel
























domingo, 24 de octubre de 2021

o día 5 de Novembro todxs abordo


Quen non sabe
Que iste Bar 
é un BarCo enteiro
E de novo faise ao Mar de Holas
E ao Mar de Adeuses 
Pois non hai galerna nin pandemia
Que o  faga naufragar.

sábado, 23 de octubre de 2021

O Barco Bêbado – Arthur Rimbaud

 



O Barco Bêbado – Arthur Rimbaud

Quando eu atravessava os Rios impassíveis,
Senti-me libertar dos meus rebocadores.
Cruéis peles-vermelhas com uivos terríveis
Os espetaram nus em postes multicores.

Eu era indiferente à carga que trazia,
Gente, trigo flamengo ou algodão inglês.
Morta a tripulação e finda a algaravia,
Os Rios para mim se abriram de uma vez.

Imerso no furor do marulho oceânico,
No inverno, eu, surdo como um cérebro infantil,
Deslizava, enquanto as Penínsulas em pânico
viam turbilhonar marés de verde e anil.

O vento abençoou minhas manhãs marítimas.
Mais leve que uma rolha eu dancei nos lençóis
das ondas a rolar atrás de suas vítimas,
dez noites, sem pensar nos olhos dos faróis!

Mais doce que as maçãs parecem aos pequenos,
A água verde infiltrou-se no meu casco ao léu
E das manchas azulejantes dos venenos
E vinhos me lavou, livre de leme e arpéu.

Então eu mergulhei nas águas do Poema
do Mar, sarcófago de estrelas, latescente,
Devorando os azuis, onde às vezes – dilema
Lívido – um afogado afunda lentamente;

Onde, tingindo azulidades com quebrantos
E ritmos lentos sob o rutilante albor,
Mais fortes que o álcool, mais vastas que os nossos prantos,
fermentam de amargura as rubéolas do amor!

Conheço os céus crivados de clarões, as trombas,
Ressacas e marés: conheço o entardecer,
A Aurora em explosão como um bando de pombas,
E algumas vezes vi o que o homem quis ver!

Eu vi o sol baixar, sujo de horrores místicos,
Iluminando os longos glaciais;
Como atrizes senis em palcos cabalísticos,
Ondas rolando ao longe os frêmitos de umbrais!

Sonhei que a noite verde em neves alvacentas
Beijava, lenta, o olhar dos mares com mil coros,
Soube a circulação das seivas suculentas
E o acordar louro e azul dos fósforos canoros!

Por meses eu segui, tropel de vacarias
Histéricas, o mar estuprando as areias,
Sem esperar que aos pés de ouro das Marias
Esmorecesse o ardor dos Oceanos sem peias!

Cheguei a visitar as Flóridas perdidas
Com olhos de jaguar florindo em epidermes
De homens! Arco-íris tensos como bridas
No horizonte do mar de glaucos paquidermes.

Vi fermentarem pântanos imensos, ansas
Onde apodrecem Leviatãs distantes!
O desmoronamento da água nas bonanças
E abismos a se abrir no caos, cataratantes!

Geleiras, sóis de prata, ondas e céus cadentes!
Náufragos abissais na tumba dos negrumes,
Onde, pasto de insetos, tombam as serpentes
Dos curvos cipoais, com pérfidos perfumes!

Ah! se as crianças vissem o dourar das ondas,
Áureos peixes do mar azul, peixes cantantes…
– As espumas em flor ninaram minhas rondas
E as brisas da ilusão me alaram por instantes.

Mártir de pólos e de zonas misteriosas,
O mar a soluçar cobria os meus artelhos
Com flores fantasmais de pálidas ventosas
e eu, como uma mulher, me punha de joelhos…

Quase ilha a balouçar entre borras e brados
De gralhas tagarelas com olhar de gelo,
Eu vogava, e por minha rede os afogados
Passavam, a dormir, descendo a contrapelo.

Mas eu, barco perdido em baías e danças,
Lançado no ar sem pássaros pela torrente,
De quem os Monitores e os arpões das Hansas
Não teriam pescado o casco de água ardente;

Livre, fumando em meio às virações inquietas,
Eu que furava o céu violáceo como um muro
Que mancham, acepipe raro aos bons poetas,
Líquens de sol vômitos de azul escuro;

Prancha louca a correr com lúnulas e faíscas
E hipocampos de breu, numa escolta de espuma,
Quando os sóis estivais estilhaçam em riscas
O céu ultramarino e seus funis de bruma;

Eu que tremia ouvindo, ao longe, a estertorar,
O cio dos Behemóts e dos Maelstroms febris,
Fiandeiro sem fim dos marasmos do mar,
Anseio pela Europa e os velhos peitoris!

Eu vi os arquipélagos astrais! e as ilhas
Que o delírio dos céus desvela ao viajor:
– É nas noites sem cor que te esqueces e te ilhas,
Milhão de aves de ouro, ó futuro Vigor?

Sim, chorar eu chorei! São mornas as Auroras!
Toda lua é cruel e todo sol, engano:
O amargo amor opiou de ócios minhas horas.
Ah! que esta quilha rompa! Ah! que me engula o oceano!

Da Europa a água que eu quero é só o charco
Negro e gelado onde, ao crepúsculo violeta,
Um menino tristonho arremesse o seu barco
trêmulo como a asa de uma borboleta.

No meu torpor, não posso, ó vagas, as esteiras
Ultrapassar das naves cheias de algodões,
Nem vencer a altivez das velas e bandeiras,
Nem navegar sob o olho torvo dos pontões.

(Tradução de Augusto de Campos)



LE BATEAU IVRE – ARTHUR RIMBAUD

Le Bateau Ivre

Comme je descendais des Fleuves impassibles,
Je ne me sentis plus guidé par les haleurs :
Des Peaux-Rouges criards les avaient pris pour cibles
Les ayant cloués nus aux poteaux de couleurs.

J’étais insoucieux de tous les équipages,
Porteur de blés flamands ou de cotons anglais.
Quand avec mes haleurs ont fini ces tapages
Les Fleuves m’ont laissé descendre où je voulais.

Dans les clapotements furieux des marées
Moi l’autre hiver plus sourd que les cerveaux d’enfants,
Je courus ! Et les Péninsules démarrées
N’ont pas subi tohu-bohus plus triomphants.

La tempête a béni mes éveils maritimes.
Plus léger qu’un bouchon j’ai dansé sur les flots
Qu’on appelle rouleurs éternels de victimes,
Dix nuits, sans regretter l’oeil niais des falots !

Plus douce qu’aux enfants la chair des pommes sures,
L’eau verte pénétra ma coque de sapin
Et des taches de vins bleus et des vomissures
Me lava, dispersant gouvernail et grappin

Et dès lors, je me suis baigné dans le Poème
De la Mer, infusé d’astres, et lactescent,
Dévorant les azurs verts ; où, flottaison blême
Et ravie, un noyé pensif parfois descend ;

Où, teignant tout à coup les bleuités, délires
Et rythmes lents sous les rutilements du jour,
Plus fortes que l’alcool, plus vastes que nos lyres,
Fermentent les rousseurs amères de l’amour !

Je sais les cieux crevant en éclairs, et les trombes
Et les ressacs et les courants : Je sais le soir,
L’aube exaltée ainsi qu’un peuple de colombes,
Et j’ai vu quelque fois ce que l’homme a cru voir !

J’ai vu le soleil bas, taché d’horreurs mystiques,
Illuminant de longs figements violets,
Pareils à des acteurs de drames très-antiques
Les flots roulant au loin leurs frissons de volets !

J’ai rêvé la nuit verte aux neiges éblouies,
Baiser montant aux yeux des mers avec lenteurs,
La circulation des sèves inouïes,
Et l’éveil jaune et bleu des phosphores chanteurs !

J’ai suivi, des mois pleins, pareille aux vacheries
Hystériques, la houle à l’assaut des récifs,
Sans songer que les pieds lumineux des Maries
Pussent forcer le mufle aux Océans poussifs !

J’ai heurté, savez-vous, d’incroyables Florides
Mêlant aux fleurs des yeux de panthères à peaux
D’hommes ! Des arcs-en-ciel tendus comme des brides
Sous l’horizon des mers, à de glauques troupeaux !

J’ai vu fermenter les marais énormes, nasses
Où pourrit dans les joncs tout un Léviathan !
Des écroulement d’eau au milieu des bonaces,
Et les lointains vers les gouffres cataractant !

Glaciers, soleils d’argent, flots nacreux, cieux de braises !
Échouages hideux au fond des golfes bruns
Où les serpents géants dévorés de punaises
Choient, des arbres tordus, avec de noirs parfums !

J’aurais voulu montrer aux enfants ces dorados
Du flot bleu, ces poissons d’or, ces poissons chantants.
– Des écumes de fleurs ont bercé mes dérades
Et d’ineffables vents m’ont ailé par instants.

Parfois, martyr lassé des pôles et des zones,
La mer dont le sanglot faisait mon roulis doux
Montait vers moi ses fleurs d’ombre aux ventouses jaunes
Et je restais, ainsi qu’une femme à genoux…

Presque île, balottant sur mes bords les querelles
Et les fientes d’oiseaux clabaudeurs aux yeux blonds
Et je voguais, lorsqu’à travers mes liens frêles
Des noyés descendaient dormir, à reculons !

Or moi, bateau perdu sous les cheveux des anses,
Jeté par l’ouragan dans l’éther sans oiseau,
Moi dont les Monitors et les voiliers des Hanses
N’auraient pas repêché la carcasse ivre d’eau ;

Libre, fumant, monté de brumes violettes,
Moi qui trouais le ciel rougeoyant comme un mur
Qui porte, confiture exquise aux bons poètes,
Des lichens de soleil et des morves d’azur,

Qui courais, taché de lunules électriques,
Planche folle, escorté des hippocampes noirs,
Quand les juillets faisaient crouler à coups de triques
Les cieux ultramarins aux ardents entonnoirs ;

Moi qui tremblais, sentant geindre à cinquante lieues
Le rut des Béhémots et les Maelstroms épais,
Fileur éternel des immobilités bleues,
Je regrette l’Europe aux anciens parapets !

J’ai vu des archipels sidéraux ! et des îles
Dont les cieux délirants sont ouverts au vogueur :
– Est-ce en ces nuits sans fond que tu dors et t’exiles,
Million d’oiseaux d’or, ô future Vigueur ? –

Mais, vrai, j’ai trop pleuré ! Les Aubes sont navrantes.
Toute lune est atroce et tout soleil amer :
L’âcre amour m’a gonflé de torpeurs enivrantes.
Ô que ma quille éclate ! Ô que j’aille à la mer !

Si je désire une eau d’Europe, c’est la flache
Noire et froide où vers le crépuscule embaumé
Un enfant accroupi plein de tristesses, lâche
Un bateau frêle comme un papillon de mai.

Je ne puis plus, baigné de vos langueurs, ô lames,
Enlever leur sillage aux porteurs de cotons,
Ni traverser l’orgueil des drapeaux et des flammes,
Ni nager sous les yeux horribles des pontons.

 

 

El barco ebrio

Cuando descendía por Ríos impasibles,
sentí que los remolcadores dejaban de guiarme:
Los llamativos Pieles Rojas los tomaron por blancos
Los clavaron desnudos en postes de colores.

Me despreocupé de todos los tripulantes
portadores de trigo flamenco o algodón inglés.
Cuando terminó el alboroto de los sirgadores,
los Ríos me dejaron descender donde quise.

En los furiosos chapoteos de las mareas,
yo, el otro invierno, más sordo que los cerebros de los niños,
¡corrí! y las Penínsulas recién creadas
jamás sufrieron desorden más triunfal.

La tormenta a bendecido mis despertares marítimos.
Más liviano que un corcho bailando sobre las olas
llamadas eternas arrolladoras de víctimas,
¡diez noches, sin extrañar el ojo idiota de los faros!

Más dulce que a los niños las manzanas ácidas,
el agua verde penetró mi casco de abeto
y las manchas de vinos azules y de vómitos
me lavaron, dispersando timón y ancla.

Y desde entonces, me bañé en el poema
de la mar, infundido por las estrellas y latescente,
devorando los azules verdosos; donde, a la débil línea de flotación
pálido y satisfecho, un ahogado pensativo a veces desciende;

¡donde, tiñendo de un golpe los azulados delirios
y ritmos lentos bajo los destellos del día,
más fuertes que el alcohol, más amplios que nuestras liras,
fermentaban las dolorosas rojeces del amor!

Yo sé de los cielos que estallan en rayos, y de las trombas
y de las resacas y de las corrientes:
¡yo sé de la tarde, del alba exaltada como un pueblo de palomas,
y he visto alguna vez, eso que el hombre ha creído ver!

¡Yo, he visto el bajo sol manchado de místicos horrores,
iluminando las largas coagulaciones violetas,
parecidos a los actores de dramas muy antiguos
las olas meciendo a lo lejos sus temblores de hojas!

¡Yo soñé la noche verde de las nieves deslumbrantes,
besos ascendiendo de los ojos de los mares con lentitud,
la circulación de las savias inauditas,
y el despertar amarillo y azul de los fósforos cantores!

¡Yo seguí, durante meses enteros, imitando a los ganados
enloquecidos, a la ola en el asalto de los arrecifes,
sin pensar que los pies luminosos de las Marías
pudiesen frenar al canalla de los Océanos lentos!

¡Yo choqué, sabed, contra increíbles Floridas
mezclando las flores de los ojos de las panteras con la piel
de los hombres! ¡Los arco iris tendidos como riendas
bajo el horizonte de los mares, en las oscuras manadas!

¡He visto fermentar los enormes pantanos, trampas
en las que se pudre en los juncos todo un Leviatán;
los derrumbes de las aguas en medio de la calma,
y las lejanías abismales caer en cataratas!

¡Glaciares, soles de plata, olas perladas, cielos de brasas!
naufragios odiosos en el fondo de golfos oscuros
donde serpientes gigantes devoradas por alimañas
caen, de los árboles torcidos, con negros perfumes!

Hubiera querido mostrar a los niños esas doradas
de la ola azul, los peces de oro, los peces cantarines.
Las espumas de las flores han bendecido mis vagabundeos
y vientos inefables me dieron sus alas por un instante.

A veces, mártir cansado de polos y de lugares,
la mar cuyo sollozo hizo mi balanceo más dulce
elevó hacia mí sus flores de sombra de ventosas amarillas
y yo quedaba, así como una mujer arrodillada…

casi isla, quitando de mis bordes las querellas
y los excrementos de los pájaros cantores de ojos rubios.
¡Y yo bogué, mientras atravesando mis frágiles ataduras
los ahogados descendían a dormir, de espaldas!

O yo, barco perdido bajo los cabellos de las ensenadas,
arrojado por el huracán dentro del éter sin pájaros,
yo, a quien los varanos y los marlines de las ligas Hanseáticas
no hubieran rescatado la osamenta ebrio de agua;

Libre, formidable, montado en brumas violetas,
yo, que agujereaba el cielo rojizo como una pared
que lleva confitura exquisita para los buenos poetas,
líquenes de sol y mucosidades de azur;

Que corría, manchado de lúnulas eléctricas,
tabla loca, escoltada por caballitos de mar negros,
cuando los julios hacían caer a golpes de bastón
los cielos ultramarinos de los ardientes hoyos;

¡Yo que temblaba, sintiendo gemir a cincuenta leguas
el celo de los Behemots y los Remolinos espesos,
eterno hilandero de las inmovilidades azules,
extraño la Europa de los viejos montículos!

¡He visto los archipiélagos siderales! y las islas
donde los cielos delirantes están abiertos al viajero:
¿Es en estas noches sin fondo en las que te duermes y te exilias,
millón de pájaros de oro, oh Vigor futuro?

¡Pero, de verdad, he llorado demasiado! Las Albas son desoladoras,
toda luna es atroz y todo sol amargo:
El acre amor me ha hinchado de torpezas embriagadoras.
¡Oh que mi quilla estalle! ¡Oh que yo me hunda en la mar!

Si deseo un agua de Europa, es el charco
negro y frío donde, hacia el crepúsculo embalsamado
un niño en cuclillas colmado de tristezas, suelta
un barco frágil como una mariposa de mayo.

No puedo más, bañado por vuestras languideces, oh cuchillas,
arrancar su estela a los portadores de algodones,
ni atravesar el orgullo de las banderas y estandartes,
ni nadar bajo los ojos horribles de los pontones.

 

– Texto de la copia de Verlaine (Bibliothèque Nationale de France, ancienne collection Barthou).
– Première publication dans Lutèce, 2 novembre 1883
– Escrito a los 16 años en el verano de 1871 en la casa de su niñez en Charleville.

altares paganos


Altares paganos
Ofrendas a los dioses ateos
Ante la exticion decretada  de los bares, de las tabernas...
De los que habitamos
En las noches tardias 
En las tardes dobladas
En las mañanas destempladas y breves
Esos lugares 
Varados en las esquinas
Donde  compartimos 
Los sueños orales 
Y anclamos las prisas
Y con ellas
Todo aquello que nos escarba en el alma.

lunes, 15 de febrero de 2021

Nosos Bares, eses nosos Barcos de todos os Mares


Un Bar é medio Barco.

Os Bares son Barricadas en Flor

Neles Resistimos

Rimos e EnBarcamos

e somos tripulacions 

e algunhas veces

soñamos Illas do Tesouro

e compartilhamos os Mapas do Regreso

e as adoraveis derrotas


Nosos Bares son os escearios 

da nosa forma e modo de vivir,

de habitar os días









FERROL: dende os noventa resistiron moitos ao peche. Ca entrada no Euro a cousa baixou a mitade; a partir dos 2008 foron pechando a camara lenta, e chegados a estes tempos anemicos, cantos dis que conocemos hoxe estarán ahi pra recoller as tripulaions tristes ou enchidas de ledicia, cantos?
Son os pequenos negocios, todos os pequenos establecimentos, os que estan en PERIGO DE EXTINCIÓN, unha desaparición INDUCIDA, e con ela, unhas formas e modos de vida que nos atinxe a todxs.
EL PAIS:
“Ya han cerrado 85.000 negocios de hostelería y se facturaron 70.000 millones menos en 2020. Necesitamos ayudas directas y esperamos recibirlas como ocurre en otros países europeos. Hay mucha decepción y desesperación en el sector”


 

sábado, 20 de junio de 2020

Taberna O´Xustiño: Venres 26 de Xuño, abrimos ca distancia do coraçao


Un Bar es la mitad de un Barco



drop a star

-- de León Felipe --
¿dónde está la estrella de los nacimientos?
la tierra, encabritada, se ha parado en el viento.

Y no ven los ojos de los marineros.
Aquel pez ¡seguidle!
se lleva, danzando,
la estrella polar.
El mundo es una slot-machine,
con una ranura en la frente del cielo,
sobre la cabecera del mar.
(Se ha parado la máquina,
se ha acabado la cuerda.)
El mundo es algo que funciona
como el piano mecánico de un bar.
(Se ha acabado la cuerda,
se ha parado la máquina...)
Marinero,
tú tienes una estrella en el bolsillo...
¡Drop a star!
enciende con tu mano la nueva música del mundo,
la canción marinera del mañana,
el himno venidero de los hombres...
¡Drop a star!
echa a andar otra vez este barco varado, marinero.
Tú tienes una estrella en el bolsillo....
Una estrella nueva de palacio, de fósforo y de imán.

domingo, 30 de junio de 2019

A Taberna do Mar de Holas

O XUSTIÑO

Bar de Mar,
e cen beiras a estribor e a babor, fondeado ao Nordés  das derrotas,
e nos lendo as mensaxes
das botelhas
que o mar de holas deixa.






 

As rúas como peixes en salmoeira. 

Os nosos coraçãos 

sonhando derrotas e descobertas 

enchidos da nenez que nos inventa.